Márcio é o rapaz que vigia a exposição no Maria Antonia, impedindo que os curiosos estraguem aquela baboseira. Perguntei a ele: “o que você achou disso aqui?”. Meio cabreiro, mas com uma sinceridade cortante, disse: “olha, tipo... pra mim não é nada.... é um monte de madeira. Eu curto a cultura Viking, não curto a cultura brasileira”. E devolveu a pergunta. Eu, tão sincera quanto ele, completei: “em português básico? Uma porcaria”.
Aí o rapaz se sentiu em casa e soltou o verbo: “moça, a senhora viu o que tinha antes dessa exposição? Tinha um gancho no meio da sala e um pedaço enorme de carne preta. Um pedação de carne” (isso gesticulando indignado, olhos esbugalhados, mostrando o tal gancho com os dedos). “E antes, moça? Tinha uma privada cheia de m.....”
Pois é, sobre a exposição do MA, que por sinal chama-se Visualidade Nascente, fecho-a com chave de ouro. Ontem, notei que tinha uma tora de madeira encostada na parede que fica no pé da escada. Ao lado, uma foto (veja abaixo a foto da foto) e um cartaz explicativo que me fez morrer de rir. Não é que conseguiram inviabilizar a ‘instalação’ da famigerada tora?
O papel dizia: “Informamos que, por razões técnicas, não foi possível instalar a obra num dos degraus da escada, conforme planejado inicialmente pela artista”.
O TAL 'PLANEJAMENTO DA ARTISTA'

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